Até 1972, o atual Sri Lanka denominava-se Ceilão, o qual foi uma colónia portuguesa durante 153 anos, até ser conquistada pelos holandeses.
Localizado ao largo da extremidade sul do subcontinente indiano, o antigo Ceilão (que significa "terra dos leões" na língua páli), é banhado a sul e a oeste pelo oceano Índico. O mesmo que os nossos antepassados tentaram dominar em meados do século XVI. Para isso, assinaram um tratado com o reino de Cota que fundou o chamado Ceilão português. Em 1565 a capital do território foi transferida de Kotte para Colombo (situação somente revertida em 1982 com a inauguração do novo parlamento em Kotte que recuperou assim o estatuto de capital).
Foi a introdução do cristianismo no Ceilão português que gerou atritos com as populações indígenas, que procuraram apoio junto do Império holandês. Após a guerra luso-holandesa, em 1627, Portugal perdeu as suas colónias asiáticas para a potência rival. Contudo, ainda hoje subsistem vestígios da presença portuguesa na atual cultura cingalesa.
Durante as Guerras Napoleónicas, o Reino Unido, temendo que o controlo da França sobre os Países Baixos fizesse com que a ilha (a que chamavam Ceylon) ficasse na posse dos gauleses, resolveram ocupar, sem grande dificuldade, a antiga colónia portuguesa. Corria o ano de 1796. Seis anos volvidos, a ilha seria formalmente cedida ao Império britânico.
Os ingleses introduziram o cultivo do chá, café e borracha nas montanhas da ilha. Para trabalhar nas fazendas, os grandes proprietários britânicos importaram mão de obra tamil, oriunda do sul da Índia. Não tardou a que os tamil representassem 10% da população cingalesa. Seguindo a sua tradicional política de "dividir para reinar", os ingleses ora favoreciam uma ora outra das etnias, promovendo uma crescente tensão étnica que ainda hoje se mantém e que esteve na origem de uma sangrenta guerra civil (1983-2009).
O Ceilão tornou-se independente a 4 de fevereiro de 1948 mediante a celebração de tratados militares com o Reino Unido.
A ilha tem cerca de 65.000 km2 e uma população que ronda os 21 milhões de habitantes. 70% dos quais são budistas, sendo a o hinduísmo a segunda religião mais seguida no país. Cristianismo e islamismo também têm seguidores.
Um terço da ilha é arável, pelo que a agricultura é a atividade económica predominante. Até ao início da década de 1990, o Ceilão (então já rebatizado de Sri Lanka) era o maior exportador mundial de chá, estatuto perdido devido à guerra civil. Tem como moeda oficial a rupia cingalesa.
Politicamente, o Ceilão sempre foi, desde a independência, uma república. O seu estandarte nacional é complexo e tem como elemento central um leão. Este representa a raça cingalesa e a espada que empunha simboliza a soberania da ilha. Mesmo após a mudança de nome do país, a bandeira manteve-se inalterada.
Mapa do Ceilão (atual Sri Lanka). |
Mais uma nação (Ceilão) que as gerações mais recentes nunca ouviram falar.
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