terça-feira, 6 de março de 2012

O FIM DO MITO VILLAS-BOAS



         Embora raramente me dê ao trabalho de comentar notícias relacionadas com futebol (em particular com o que por cá é praticado) não resisti ainda assim a escrever umas palavrinhas a propósito do recente afastamento de André Villas-Boas do comando técnico do Chelsea.
         O comentário que aqui reproduzo foi lavrado por mim a propósito de uma notícia publicada a 4 de março na edição online do Sol e asseguro que não teve como móbil qualquer ressentimento decorrente da roubalheira descarada ocorrida no último Benfica-Porto. Trata-se apenas de expressar a minha opinião sobre um certo imitador de José Mourinho que se convenceu que percebia alguma coisa de futebol.

         "Em virtude dos maus resultados obtidos e da proverbial impaciência de Abramovich, era mais do que previsível o despedimento de André Villas-Boas. Cai assim por terra o mito criado em torno deste treinador banal, mercê dos títulos conquistados na época transata. Mais por demérito dos rivais (em especial do Benfica) do que por mérito dos seus atributos de treinador de futebol. Tentando imitar Mourinho no estilo e na arrogância só nesta conseguiu superar o seu antigo mentor. Uma vez em Inglaterra, à frente de um clube dotado de enormes recursos financeiros e desportivos, porém privado dos esquemas de corrupção que invariavelmente favorecem em terras lusas o FCP, André Villas-Boas revelou-se um enorme fiasco. Com o plantel fortíssimo de que dispunha na última temporada, qualquer Mourinho da loja dos 300 ganharia tudo o que havia para ganhar. A prová-lo está o facto de, na presente época, um adjunto frouxo como Vítor Pereira se arriscar a ganhar o campeonato (com a prestimosa ajuda da quadrilha chefiada por Pedro Proença, claro!). Sem querer apoucar a conquista da Liga Europa na época passada pelo FCP, interrogo-me contudo se a mesma teria sido possível se no percurso até à final, tivessem calhado em sorte aos portistas adversários mais poderosos, ao invés do CSKA e quejandos. Ou se o Braga teria perdido a sua única final europeia se à época não tivesse no comando técnico um portista convicto que sonhava ocupar o lugar de Villas-Boas mas acabou, por mero acidente de percurso, por aterrar em Alvalade. No final das contas, VB sai sem honra nem glória do Chelsea mas com a sua mala de cartão a abarrotar de libras. Seguir-se-á o regresso ao FCP para reocupar a cadeira de sonho que abandonou há menos de um ano?"

1 comentário:

  1. Aí está a prova que a vaidade não nos leva a bom porto. Salvo Seja :)

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