No passado dia 14 de abril, diante de um
aguerrido Gil Vicente, o Benfica conquistou, com toda a justiça, a sua quarta
Taça da Liga consecutiva.
Aparte a primeira edição dessa mal-amada
competição (carinhosamente alcunhada de Taça dos Bêbados por alguns invejosos e
aziados), o Benfica ganhou sempre. E, recorde-se, aparte o primeiro troféu,
conquistado numa final polémica com o Sporting, ganhou sempre bem. Fosse na
final de 2010 com uns convincentes 3-0 ao Porto, fosse na do ano passado contra
um surpreendente Paços de Ferreira (2-1).
Sucede que desde que esta competição foi
criada em 2007 que as más línguas (normalmente azuis-esverdeadas) têm-na não só
constantemente desvalorizado como têm até insinuado que a Taça da Liga surgiu
com o único intuito de dar títulos ao Benfica face à sua pretensa incapacidade
de conquistar outros mais importantes como o campeonato nacional e a Taça de
Portugal. Ninguém duvide, porém, que esta competição granjearia maior prestígio
e projeção caso o Porto ou o Sporting (já presente em duas finais, ambas na
qualidade de derrotado) a lograssem vencer. Até lá, as más línguas, movidas por
uma atávica inveja e um antibenfiquismo primário, continuarão a desdenhar
daquela que é, na presente época, a única competição não assombrada pela
polémica ou pela suspeição. Refiro-me, respetivamente, a um certo golo marcado
em claro fora de jogo num certo Benfica x Porto e ao misterioso "caso
Cardinal".
Dispondo o Benfica, até à data de apenas 4 Supertaças Cândido de Oliveira, e face à supremacia do FCP nessa competição, também poderia aqui questionar a importância da mesma. O que certamente aconteceria se se verificasse a situação inversa.
Dispondo o Benfica, até à data de apenas 4 Supertaças Cândido de Oliveira, e face à supremacia do FCP nessa competição, também poderia aqui questionar a importância da mesma. O que certamente aconteceria se se verificasse a situação inversa.
Convém, por isso, esclarecer um par
de factos importantes relacionados com a origem da Taça da Liga. Desde logo, e
contrariamente ao que muitos estupidamente insinuam, o Benfica votou contra a
criação desta competição organizada pela Liga de Clubes. Mais: um dos "pais" da
Taça da Liga, Rogério de Brito, foi em tempos vice-presidente... do Sporting
Clube de Portugal. O mesmo senhor que, em entrevista concedida a semana passada
à Rádio Renascença, admite o fim da prova. Talvez porque o seu clube de coração
fosse o verdadeiro destinatário desta prova mas não teve, até à data, arte e
engenho para a conquistar. Face ao domínio avassalador do rival da segunda
circular, extinga-se a Taça da Liga. Para que não subsistam dúvidas, convido o
leitor a ler as declarações de Rogério de Brito ao "Bola Branca", o célebre
programa da Rádio Renascença: http://rr.sapo.pt/bolabranca_detalhe.aspx?fid=42&did=58345.
Sobre este assunto estamos conversados.
Uma última nota para alguns
(maus) adeptos benfiquistas que não se coíbiram de, em plena noite de vitória,
apuparem o plantel, o treinador e os dirigentes do clube. Como benfiquista que
sou, partilho das vossas frustrações relativamente a uma época em que, uma vez
mais, a fasquia foi colocada muito alta e onde os resultados ficaram aquém das
expetativas. Ainda assim, não me revejo no vosso comportamento. E não imagino
uma situação dessas a ocorrer com a massa adepta de qualquer outro clube. Ou
alguém imagina os Andrades a vaiarem o FCP em pleno Estádio do Ladrão ou em
plena Avenida dos Aliados depois de este ter arrecadado um qualquer título? É
caso para dizer que, com amigos assim, quem precisa de inimigos?
Sem comentários:
Enviar um comentário