quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Teoria do caos

Hoje eu testei a teoria do caos em todo o seu esplendor.

Uma telha partida,  ramo em cima do telhado, uma serra eléctrica e uma consequência esperada. A poda de uma mimoseira de forma a retirar os ramos que ameaçavam a integridade da casa. Contudo, o que aparentava ser uma situação pacifica, o tempo estava bom, fazia sol e estava seco,  em pouco tempo se descontrolou. A serra ficou presa sendo necessário liberta-la com uma machada em cima de um escadote, mas, quando todas as variáveis pareciam conhecidas, eis que surgem uma vinda do nada, a arvore tinha caído, partido a telha, e ficou apoiada sobre a casa e, assim permanecia... até eu cortar o ramo que estabilizava a mimoseira sobre a casa. Nesse instante, e tudo se passou num instante, um barulho enorme, um pensamento "foda-se" não houve tempo para mais, aliado à sensação de que estou lixada. No instante seguinte estava meio esborrachada contra a parede ainda em cima do escadote, já sem machada, o movimento tinha cessado, a serra cai ao meu lado, a adrenalina corre intensamente nas minhas veias, a dor vem depois. Mais uma variável cai do céu (há que chame de anjo da guarda) um outro ramo da árvore atinge o solo e para a mimoseira, assim dou por mim a pensar como escapar da minha prisão em vez de algo infinitamente pior.

A vida é assim, feita de uma sucessão de variáveis, de imponderáveis que nos atiram de um lado para o outro como se curvas de um rio se tratassem. Por vezes o rio é calmo, mas quando menos esperamos, lá aparecem os rápidos para nos trocarem as voltas.







A teoria do caos pela wikipedia:

Em sistemas dinâmicos complexos, determinados resultados podem ser "instáveis" no que diz respeito à evolução temporal como função de seus parâmetros e variáveis. Isso significa que certos resultados determinados são causados pela acção e a interacção de elementos de forma praticamente aleatória. Para entender o que isso significa, basta pegar um exemplo na natureza, onde esses sistemas são comuns. A formação de uma nuvem no céu, por exemplo, pode ser desencadeada e se desenvolver com base em centenas de factores que podem ser o calor, o frio, a evaporação da água, os ventos, o clima, condições do Sol, os eventos sobre a superfície e inúmeros outros.
Além disso, mesmo que o número de fatores influenciando um determinado resultado seja pequeno, ainda assim a ocorrência do resultado esperado pode ser instável, desde que o sistema seja não-linear.
A conseqüência desta instabilidade dos resultados é que mesmo sistemas determinísticos (os quais tem resultados determinados por leis de evolução bem definidas) apresentem uma grande sensibilidade a perturbações (ruído) e erros, o que leva a resultados que são, na prática, imprevisíveis ou aleatórios, ocorrendo ao acaso. Mesmo em sistemas nos quais não há ruído, erros microscópicos na determinação do estado inicial e atual do sistema podem ser amplificados pela não-linearidade ou pelo grande número de interações entre os componentes, levando ao resultado aleatório. É o que se chama de "Caos Determinístico"

2 comentários:

  1. A tua aventura que quase redundou em desastre demonstra que há dias em que o melhor é não sairmos da casa. Felizmente não teve consequências para tua integridade física.
    Eu sou a prova viva que atesta a validade da Teoria do Caos. Sou desde sempre aquilo que se pode chamar um desastre ambulante. Passo a vida a deixar cair tudo e mais alguma coisa, a esbarrar em coisas e em pessoas e muitas vezes deixo um rasto de destruição só comparável ao de um terramoto de 5.5 na escala de Ricther.
    Ontem mesmo, ao regressar a casa do supermercado, deixei cair uma garrafa de cerveja no chão da cozinha. Ainda não percebi como aconteceu o acidente. Mas a cozinha cá de casa ficou inundada do precioso líquido e a tresandar a taverna.
    Dizem que entornar vinho traz alegria. Ignoro se o mesmo é aplicável à cerveja. Mas duvido que assim seja pois foi menos uma cervejinha que bebi. Só prejuízo e trabalho pois tive de limpar o chão da cozinha e apanhar os cacos de vidro semeados no mesmo. Num ápice, e apesar de não possuir um telemóvel com câmara fotográfica para registar o momento para a posteridade, vi-me rodeado do mais puro caos.
    Bem diz o meu pai que oxalá eu nunca pense em arranjar emprego numa fábrica de granadas. lol

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  2. lloooll

    Ainda bem que foi uma garrafa e não uma grade... Nestes tempos de crise seria consirerado uma verdadeira catastrofe. Melhor é mesmo pegar noutra para esquecer a tragédia ocorrida com a loirinha anterior.

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