Encontra-se neste momento a aguardar (re)visionamento na box cá de casa o filme "Estranhas Ligações" (Cruel Intentions), transmitido há dias no canal Fox Movies.
Para quem não sabe, trata-se de um remake do filme "Ligações Perigosas" (Dangerous Liaisons, realizado em 1988 por Stephen Frears e, que por sua vez, era baseado num clássico homónimo da literatura francesa). Nesta versão de 1999 dirigida por Roger Kumble e cujo elenco é encabeçado por Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe e Reese Witherspoon, dois adolescentes amorais da alta burguesia nova-iorquina manipulam a seu bel-prazer as emoções de todos os que com eles convivem.
Kathryn (Sarah Michelle Gellar) e Sebastian (Ryan Phillippe) são ricos e vivem como irmãos, desde que os seus pais se casaram. Ele tem a fama de ser sedutor e Kathryn, apesar de ser ainda mais imoral que ele, projeta uma imagem de jovem pudica e bem-comportada. Quando o seu namorado a troca por outra, Kathryn decide vingar-se e desafia Sebastian a um jogo, em que ele teria que seduzir e acabar com a reputação da rival. Sebastian contudo considera o desafio demasiado fácil e mostra-lhe uma reportagem, na qual Annette (Reese Witherspoon), filha do diretor da escola onde ambos estudam, afirma que pretende manter-se virgem até ao casamento. Kathryn propõe então um novo desafio ao seu implacável meio-irmão: se ele não conseguir levar Annette para a cama até o final do verão, o seu Jaguar 56 será dela. Mas, se vencer, o prémio será ela mesma.
As apostas estão altas, mas para Sebastian a recompensa é irresistível e, antes de o verão acabar, nenhum vai escapar a este jogo de gato e rato. Até um dos dois ser “mordido” pela sensação mais inesperada de todas, o amor.
Mal recebido pela crítica - que o considerou "um remake estúpido com adolescentes e para adolescentes de um filme superior" - "Estranhas Ligações" é, na minha modesta opinião, uma alegoria que expõe a amoralidade e jogo de aparências que norteiam a sociedade contemporânea onde o verdadeiro amor é cada vez mais um mito e o sexo é somente um meio para atingir fins. Dispensável só mesmo o final pseudo moralista.
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