Por causa deste filme, o realizador e argumentista Kevin Smith teve a sua caixa de correio eletrónico entupida com emails de puro ódio, três quartos dos quais o ameçavam de morte. A Liga Católica em particular acusava a Disney e a Miramax, os distribuidores originais, de serem anti-católicos. Porquê?
Dogma (1999) é um sátira mordaz à cristandade, pondo em causa os próprios dogmas sobre os quais assenta.
Kevin Smith não só não se deixou intimidar pelas ameaças como usou a controvérsia para publicitar o filme. Infelizmente, a Disney e Miramax não tiveram a mesma vontade férrea e acabaram por desistir do projeto. Coube então à Lions Gate a distribuição de "Dogma", cujo lançamento estava inicialmente previsto para 1998.
Kevin Smith não só não se deixou intimidar pelas ameaças como usou a controvérsia para publicitar o filme. Infelizmente, a Disney e Miramax não tiveram a mesma vontade férrea e acabaram por desistir do projeto. Coube então à Lions Gate a distribuição de "Dogma", cujo lançamento estava inicialmente previsto para 1998.
O enredo de Dogma, com tanto de hilariante como de épico, gira em torno de dois anjos caídos, Bartleby e Loki (interpretados por Ben Affleck e Matt Damon, respetivamente) que, depois de expulsos do Céu, encontram um forma de lá voltar, contornando o dogma da infalibildade papal e, por conseguinte, de Deus. Se tiverem êxito nos seus intentos, os dois anjos provarão que Deus é, afinal, falível e toda a Criação será aniquilada.
Para detê-los são enviados dois profetas (Jason Mewes e o próprio Kevin Smith) que terão, a todo o custo, de manter a salvo a Última Descendente de Cristo (Linda Fiorentino), uma mulher cínica e amarga em resultado da sua infertilidade. Pelo meio, ficamos a conhecer o 13º apóstolo (Chris Rock), banido das Escrituras por ser negro e a quem Jesus deve dinheiro há dois mil anos, assim como uma musa pouco inspiradora (Salma Hayek).
Num registo por vezes delirante, Dogma é todavia acutilante nas muitas críticas que faz à cegueira religiosa. O apogeu deste fime imperdível é a revelação de que Deus é, afinal, uma mulher. Nada mais nada menos do que Alanis Morrisette!
Deixo-vos aqui o trailer para aguçar o apetite a quem ainda não viu esta pérola da 7ª arte:http://youtu.be/c3zEraHgfO4
Eu já vi :).
ResponderEliminarÉ muito fixe.