O repórter Paulo Dentinho, da RTP2 está em Paris e acabou de reportar a decisão condenatória do antigo presidente francês Jacques Chirac, realçando a independência da Justiça, em França.
Paulo Dentinho está a dois passos da residência de José Sócrates. Porque não vai tocar à campainha do apartamento do antigo primeiro-ministro português para lhe perguntar o que pensa da condenação de Jacques Chirac? Ou até mesmo tentar entrevistá-lo à entrada para as aulas em Sciences Po?
Paulo Dentinho está a dois passos da residência de José Sócrates. Porque não vai tocar à campainha do apartamento do antigo primeiro-ministro português para lhe perguntar o que pensa da condenação de Jacques Chirac? Ou até mesmo tentar entrevistá-lo à entrada para as aulas em Sciences Po?
Embora seja favorável, por uma elementar questão de ética, à responsabilização criminal dos titulares de cargos públicos que, no decurso do exercício das suas funções de alguma forma lesaram os interesses do Estado, assim como me interrogo qual foi a parte de "enriquecimento ÍLICITO" que os nossos preclaros legisladores ainda não perceberam porquanto protelam a criminalização do mesmo, a verdade é que a nossa classe política é o mero reflexo do povo que a elege. Se Sócrates e tantos outros que o antecederam deveriam ser julgados pelo estado calamitoso das finanças públicas e por um ror de trafulhices,que dizer dos milhões de cidadãos que lhe concederam uma maioria absoluta em 2005, o reelegeram em 2009 e que nas últimas legislativas, ainda que em menor número, o apoiaram entusiasticamente quando já era do conhecimento geral que Portugal estava falido? Se esses indivíduos não podem ser criminalizados (até porque não haveria cadeias para tanta gente), deveriam pelo menos ser responsabilizados civicamente ou, no mínimo, remeterem-se ao silêncio antes de criticarem o trabalho do atual executivo que, a despeito das suas muitas falhas, procura limpar a porcaria que os seus antecessores varreram para debaixo do tapete com o mero intuito de ganharem eleições. Porque a verdade dói, Sócrates, mentiroso compulsivo, acreditou até ao último momento que poderia enganar o povinho pela terceira vez. Gorados os planos, emigrou para França (quiçá para tentar obter uma licenciatura legítima) não se coibindo todavia de lançar umas atoardas que apenas espelham a sua ignorância em matéria económica e a irresponsabilidade com que nos (des)governou durante 6 anos.
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